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O andamento do Desenho (Parte 2)

Facebook: João Marcos Guido

Olá amigos! No primeiro Post ” O andamento do Desenho – (https://joaomarcosguido.wordpress.com/2010/12/05/23/)”, abordei marcas de materiais, e falei resumidamente para que serve cada lápis. Nessa “parte 2” irei detalhar a função e onde usar os lápis.

Desenhistas principiantes, dependendo do tempo que praticam a arte ou que fazem cursos relacionados as vezes não conseguem dar o início ao seu trabalho e com isso, se a caso não tiver a ajuda de uma professor com experiência no final acaba tendo um trabalho sem proporção. As vezes até com uma arte final bem feita, mas esses aspectos tem sempre que andar de mãos dadas: Arte Final e Proporção. Aqui darei algumas dicas para sua noção de proporção não falhar e seus desenhos saírem sempre harmoniosos e bonitos.

Minha dica principal é sempre começar  com um esboço geral. Um desenho rabiscado, mostrando os pontos principais do desenho e sua dimensão. Alguns desenhistas gostam de começar detalhando tudo. Não existe uma regra certa de como começar o desenho. Existe um jeito mais apropriados para iniciantes, no caso esse dos esboços. Os desenhistas que começam detalhando logo no começo, não tendo ainda a noção de espaço e o tamanho que o desenho vai ocupar, tem experiência estão acostumados a trabalhar desse jeito.

O esboço é uma “ferramenta” muito últil na mão de um principiante, pois ele faz com que o desenhista evite de errar, evite de ultrapassar o papel.

O esboço inicial do desenho é feito normalmente com o lápis ” B” ou “HB”. É focalizado o tronco, membros e a cabeça. Em seguida coloca-se os olhos, o nariz e a boca. Tudo bem rabiscado, sem medo de errar, é por isso que deve-se usar uma força pequena no lápis, bem fraca.

Depois de visualizado, e imaginado o final do desenho, passa-se as linhas iniciais e definitivas, normalmente com a lapiseira. Essas linhas vão definir totalmente o destino do desenho.

O Lápis 6B, vem em seguida com os sombreamentos principais. Dobras da pele, cavidades no rosto, olhos, sobrancelhas, tudo que há sombra.

Depois de finalizado, vem os detalhes mais simples, como unhas, fios de cabelo, detalhes da pupíla, barba, fios mais finos da sobrancelha. Pode se usar um lápis mais suave como um 4B ou 5B, e também a lapiseira 0,5 ou 0,3.

Num desenho mais “leve”, mais “liso”, usa-se um algodão, esfuminho ou cotonete. Eles espalham melhor o grafite no papel e dão um resultado mais rápido!

No desenho aqui mostrado, a proporção se baseou no chapéu, formato da cabeça e os tentaculos de “Davy Jones”. Depois a boca e os olhos como detalhes mais simples. Não utilizei esfuminho para a sua arte final. Fiz o acabamento apenas com lápis 6B.

Traços

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Olá amigos! Traçar com mais suavidade, traçar mais forte, traçar definitivamente. Desenhistas iniciantes sempre ficam em dúvida de como traçar o esboço ou de como dar continuidade no seu desenho, para que não influencie no conceito final do trabalho.

Percebemos que os traços femininos são muito diferentes dos traços masculinos. As mulheres são vaidosas, valorizam demais sua aparência e sempre tem um certo cuidado ao sair na rua. Homens (a maioria) não ligam tanto, logicamente que o cuidado com o corpo é importante, mas não chegam ao nível das mulheres.

Desenhistas devem levar isso em conta no desenho devido a aparência do desenho. Eu particularmente sempre tenho um pouco mais de cuidado ao desenhar figuras femininas devido a essas suavidade na sua aparência. No desenho acima vemos a linda atriz Cameron Diaz. Na referência, sua pele é tão suave que foi realmente necessário eu usar o algodão sujo de grafite para poder fazer o sombreamento. Olhos sempre com cuidado para não perder a tonalidade da cor na referência. Os cílios devem ser valorizados de tal forma na mulher, que mesmo se não aparecerem na referência, devem ser feitos, mantendo sempre a suavidade no traço.

O traço do cabelo, como já falei num post, o cabelo da mulher deve ter um traço bem suave e particular, isso fará com que o desenho firme sua feminilidade.

O homem no desenho não é tão suave, pois isso não demonstra sua masculinidade. É interessante tentar colocar traços mais quadrados. Isso é particular no homem. A mulher pelo contrário deve ter no corpo traços mais arredondados, isso valoriza sua curvas e a deixa mais atraente.

O traço definitivo no começo mostra a confiança do artista no que está fazendo. Há artista que fazem desenho com caneta, do primeiro traço ao último. Esse trabalho de traço definitivo desde o começo é feito mais por aqueles que tem mais experiência, quem tem mais facilidade, quem não costuma errar e pra quem gosta.

E tem o outro tipo e traço definitivo. O traço que termina o desenho, o traço que vai dar a aparência final no trabalho. O artista deve certificar se a proporção foi realizada corretamente e finalmente dar o toque final.

Expressão do desenho

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Olá amigos. Já repararam como existem desenhos por aí que nem parecem realmente desenhos e sim fotos. É verdade, muitos desenhistas fazem desenhos no puríssimo realismo, não deixando um milímetro quadrado do desenho sem o toque do seu talento.

Busco nos meus desenhos mais a perfeição do protagonista da imagem, raramente faço pessoas figurantes (se presentes na referência). Nos desenhos onde protagonizam pessoas, não valorizo tanto o fundo, mas as vezes em certos desenhos é necessário trabalhar um pouco mais nele.

O sombreamento no desenho proporciona de certa forma uma expressão de presença do protagonista da foto, uma expressão de que ela completa a foto.

O brilho, quando colocado nos lugares certos dá uma expressão de vida, uma expressão de o artista saber realmente o que está fazendo quando está com seu lápis no papel, ou seja, valorizar tudo que presencia na referência destaca e deixa o desenho bem expressivo.

No desenho acima, vemos o ex-cantor e compositor, John Lennon. Na referência que usei no desenho, ele canta ao ar livre, então o desenho tem muitos brilhos e grandes partes iluminadas. Trabalhei muito no seu casaco (provavelmente de pele) e no braço da guitarra. Com certeza não deixando de lado os outros detalhes.

As vezes quando o fundo não é tão trabalhado, ou as vezes nem feito, chama a atenção do crítico ou do observador no protagonista, isso faz com que ele explore detalhes principalmente lá. Explorando mais detalhes fará com que ele ache mais detalhes, e isso é o que interessa para o artista.

Olhando para um desenho de um animal na floresta ou savana. O fundo é importante que seja bem trabalhado, pois além de sempre uma paisagem natural ser muito bonita, colocando os dois, irá dar um contraste não de de cor, mas sim de presença. Isso deixa o desenho bem harmonioso.

A importância dos detalhes

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Olá amigos. Escreverei aqui algumas dicas e abordagens sobre detalhes nos desenhos.

A importância desses aspectos no desenho é simplesmente a causa de personalidade nos trabalhos. Os detalhes diferenciam um desenho do outro, eles marcam certos aspectos nas pessoas. Na mulher, um detalhe importante a levar a sério é os olhos. O homem a fisionomia, ou seja cada um tem detalhes diferentes a proporcionar.

O detalhe deve ser muito preciso no desenho artístico. Eu faço nos meus desenhos com a lapiseira 0,3 mas uso também a 0,5, isso fica à critério do artísta. Se bem que alguns detalhes do desenho necessitam de uma linha mais fina.

No desenho acima vemos a representação de Davi – Escultura de Michelangelo Buonarroti. Valorizei muito os detalhes nas sobrancelhas e no cabelo, mesmo não sendo fios de verdade, pois é uma escultura em mármore.

Aquarela

Olá amigos. Você que está lendo com certeza já ouviu falar sobre o aquarela não verdade?

Essa técnica é realmente muito interessante devido a destreza que o artista tem que ter com o material. Sua criatividade do que irá desenhar também influencia muito.

Nessa foto escolhi desenhar uma paisagem nublada de uma lagoa com montanhas ao fundo.

Esse tipo de paisagem favorece muito o uso do aquarela pois os espaços são grandes, tem onde se trabalhar. Por isso que a escolha do que desenhar usando o aquarela é muito importante.

O aquarela, isso é o que interessa aqui não é verdade. Aquarela ou aguarela, pelo própio nome, “aqua” o “agua” vem de água, aguado. Uma técnica bem delicada.

A aquarela é uma técnica muito antiga. Seu aparecimento de acordo historiadores está relacionado com a invenção do papel e dos pincéis de pêlo de coelho, sendo os dois surgidos na China há mais de 2000 anos.

Foto da Internet

O seu uso é muito delicado, pois agride diretamente o papel. Se você um dia utilizar o aquarela numa folha de sulfite (experiência própria), seus reseutados serão desastradamente ruins. O papel irá enrugar, irá ficar flácido, corre o risco até se partir. Por isso deve-se usar um papel de uma espessura maior, um papel mais resistente. Eu uso nos meus trabalhos aquarelados, o papel da “Debret Profissional” ou da “Filiart Renaud” que tem em sua composição 30% de algodão.  Essas marcas podem ser encontradas em papelaria especializadas em materiais artísticos.

Finalmente a questão do lápis ou bisnaga. O lápis aquarela é bom, mas não rende muito, pois mesmo tendo uma grande variedade do cores, umas você acaba nem usando. No uso de bisnagas o uso é mais econômico e preferencial.

O lápis, uso a marca “Staedtler”, bisnaga “Water Colours”, também são encontradas em papelarias especializadas.

Experimente!

 

Acabamento e arte-final.

Facebook: João Marcos Guido

Olá amigos. Irei falar um pouco sobre o acabamento do seu desenho, e quais são as técnicas interessantes de se usar.

Primeiramente, assegure-se que o desenvolvimento do seu desenho foi bem realizado, pois depois que começar a dar o acabamento, será difícil tentar concertar, mas não impossível.

O Lápis escolhido é muito importante, pois influencia diretamente no trabalho. Uso a marca “Koh – i – noor Hardtmuch”, que é muito boa. mas os lápis da Faber Castell também são muito bons.

Vários desenhistas escolhem em acabar o seu desenho, utilizando o algodão e cotonete para espalhar o grafite e dar um efeito mais suave no sombreamento final (essa técnica é muito boa para iniciantes. Aprendi ela no curso de desenho que fiz em Campo Limpo Paulista, com o Artista Plástico Marcos Almeida). Atualmente não uso essa técnica, uso o lápis totalmente individual.

Outra técnica é a utilização de esfuminho, (Espécie de um lápis feito de papel processado e enrolado.) Muitos artistas usam ele pois é muito prática, e seu tamanho varia muito. podemos encontrar mais de 15 tamanhos diferentes.

Finalmente, se encaixa a técnica que eu uso, que é o lápis individual, onde uso apenas o lápis para dar todos os tons do desenho. Ela depende 70% da suavidade da mão do artista, pois é lápis no papel e nada mais.

Na foto acima, vemos o desenho dos Beatles, finalizado com esfuminho e na desenho abaixo, a finalização foi feita apenas com o lápis 6B.

Experimente uma delas. Espero que gostem e Boa sorte pra quem irá tentar.

 

Sejam bem vindos!

Desenho de Leonardo Da Vinci

Meu nome é João Marcos Guido, sou desenhista de Campo Limpo Paulista, interior de São Paulo e estou inaugurando esse Blog com a intenção de mostrar os meus trabalhos, fazer publicidade, dar dicas sobre desenhos artísticos e caricaturas e trocar ideias e contatos com outras pessoas do ramo e/ou interessadas.

Fico à disposição para você que tem curiosidade sobre como funciona o meu trabalho ou que quer aprender mais sobre essa arte.